quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sustentável?


Cada dia mais me pergunto: até onde vai essa tal sustentabilidade? Depois de quatro anos fazendo Biologia, me sinto um tanto quanto lesada. Dizer que é sustentável está na moda, isso é fato, mas eu fico pensando o que estamos tentando sustentar? Talvez economia, lucros, mas definitivamente não é o amibente. Por que tantas empresas têm latas de lixo coloridas, seletivas, se no final tudo vai para o mesmo lugar e é incinerado junto? Ah, claro, os clientes gostam. Por que fazer tanta propaganda para um grande evento sustentável se não haverá nem lata de lixo e tudo será servido em copos plásticos? Por que existem tantas empresas de consultoria ambiental se boa parte delas trabalham para conseguir que as empresas ganhem uma licença, autorizando a desmatar tudo? E enquanto isso animais somem, plantas secam, a emissão de gás carbônico é assustadora, calotas polares derretem, os rios eutrofizam. Ah, falando em cursos d'água, não podemos esquecer da atitude sustentável do governo, que depois de estreitar o rio planta pequenas árvores, que não são ao menos regadas, em torno dele. Atitude sustentável = utilizar os recursos naturais de forma consciente, garantindo que eles estejam disponíveis para as próximas gerações. Pensem nisso...

domingo, 26 de setembro de 2010

deixa molhar...


Existem certos riscos que valem a pena ser corridos, certos medos que valem a pena ser vividos. Um pouco de chuva, um tanto quanto frio, arrumar cabelo bagunçado pela chuva, conversar em paz, com leveza, porque a palavra que reina é carinho. Pensamentos confusos entendidos, encostar testa, ter um grande amigo para compartilhar os bons e maus momentos, beijo assoprado e dando risada. Música, cumplicidade e mensagens. Porque a vida é assim, sem muita ligação entre uma coisa e outra, mas ao mesmo tempo tudo junto. É assim mesmo, com muita emoção e pouca explicação, com as palavras que fogem e não fazem sentido algum. Mas para mim tudo se define como hoje... brincando na chuva, sem medo de se molhar...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

26/08- Dia da Igualdade da Mulher

Achei um texto que define mt do que penso sobre tudo isso (apenas lembrando que acho incrível as mulheres serem livres, essas coisas todas, e que vejo pessoas como pessoas, nao como sexos, então nada mais justo do que igualdade para todos, independente do gênero, cor, religião e blá blá blá)

A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres.
Ilusão à toa.
A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: Superobjetos. Se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro.
São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.
Mas, diante delas, o homem normal tem medo.
Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho".
Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens.
Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60.
Não há mais o grande "conquistador".
Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeur, babando por deusas impossíveis.
Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos "normais" e "disponíveis"...
Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor (eu).
Mas ainda existem mulheres de verdade.
Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem "dentro de casa", o seu trabalho.
E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela família, sem medo de parecer um "chato" ou um "cara metido a intelectual".
Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas.
Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails) românticos!!
Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Beegees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha)...mas é tão boooom namorar escutando estas musiquinhas tranquilas!!!
Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado" com uma "Saradona" o papo deve ser do tipo:
-"meu"... o meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil!."
-"Ah "meu"..o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nunca vou precisar de plástica". E a música???
Só se for o "último sucesso (????)" dos Travessos ou "Chama-chuva..." e o "Vai serginho"???...
Mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixem que criem estereótipos!!
Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza!!
Curta seu corpo de acordo com sua idade, silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza. E se os seus namorados e maridos pedirem para vocês "malharem" e ficarem iguais à Feiticeira, fiquem... igual a feiticeira dos seriados de Tv:
Façam-os sumirem da sua vida!

Arnaldo Jabor

domingo, 15 de agosto de 2010

Compra-se educaçao!!!???

Foi lançado um novo projeto, que ocorrerá de 01 de setembro à 23 de novembro, no qual alunos com dificuldades em matemática terão aulas de reforço, duas vezes por semana, com duração de 90 min cada aula, por 3 meses. Alunos com boas notas poderão ser monitores, recebendo R$ 115,00, por isso. Bacana, bem bacana...até que descubro que não parou por aí: os alunos que participarem do projeto receberão R$50,00...e os professores ganharão R$50,00 e os \ que conseguirem manter a frequência dos alunos, receberão tipo um brinde, de 150,00. Maaaano, calma, deixa eu entender: agora voce recebe por tirar notas baixas na escola? No meu tempo eu ganhva é uma bronca. Isso, claro, gerou muita polêmica, pq alguns docentes acham que muitos alunos irão mal propositalmente, para receber o dinheiro (eu não duvido). Acho sim que devemos incentivar os alunos, concordo que a educação precisa de muitas melhorias e to aqui, quase me formando, fazendo estágio voluntário em escola para aprender...e vocês vem me falar em aluno sendo comprado para estudar??? Em professor que recebe dinheiro a mais se seus alunos forem para reforço??? Eu prefiro continuar me recusando a aceitar um sistema tão medíocre de educação. Prefiro aceditar que um grande passo para combater pobreza, fome, e todas essas coisas, é dar educação de qualidade. Se querem chamar isso de ser sonhadora, fora da realidade, ok... digam até que é utopia. Afinal: "Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar" (Eduardo Galeano).

domingo, 8 de agosto de 2010

Liberte-se

Até onde estamos de fato livres? Quanto nos prendemos, para termos a sensação de liberdade? Pq esperamos três dias para ligar? Oras, para parecer que não ficou desesperada, pensando no cara! Pq receber uma msg e demorar três horas para responder? Para parecer q tava mt ocupada! Pq pensar, pensar e pensar? Pq não podemos simplesmente sentir? Oras, pq assim é o mundo. Pq você não pode simplesmente ser você mesmo, viver coisas incríveis e ter conversas sensacionais, sem se prender a rótulos ou convenções? Isso necessariamente tem que significar que essas pessoas vão começar a namorar, a se prender, a se sufocar? Nããão, isso significa apenas que elas são pessoas livres, que percebem que a vida acontece agora, acontece nesses três dias que vc espera para ligar. "Hoje eu estou sentindo uma coisa mt forte por vc, e eu preciso que vc saiba disso, pq amanhã posso não sentir mais, ou não estarmos mais aqui." Essa frase arrasou mt, pq é mt real. Enfim, o que estou tentando dizer é: seja livre. Não a pessoa livre que o mundo espera ver, mas sim destemido... deixe-se sentir. Desde criança eu tenho uma atração imensa por alturas. Pular do trampolim mais alto e da ponte alta na represa. Nada se compara a sensaçao que antecede. O medo, junto com a necessidade de se jogar. E sempre dá aquele frio bom na barriga, durante a queda, e a sensação de estar completamente livre. Livre dos meus medos e dúvidas. Vamos pular, vamos nos entregar... apenas caindo, caindo, caindo...

terça-feira, 13 de julho de 2010

In love

Uma bebida, um jogo, a casa da verdade..pq logo pra mim? Ta, pergunta. Se estou apaixonada? Não. Foi meio instantânea minha resposta, afinal, não pensar em ninguém antes de dormir, não querer ver sempre, não sentir pernas tremendo...é não estar apaixonada. Mas e aquele frio na barriga que senti ao saber que serei líder da equipe que vai construir a casa da Margarida, aquela mulher tão adorável? E a vontade de dormir cedo, só para o dia seguinte chegar logo? E os almoços e cafés intermináveis na Vila Madalena, pq não dá vontade de ir embora? E a noite em que ficamos "ouvindo rock juntos" e comentando, via msn? E as vezes em que fomos ouvindo músicas da Disney no carro, e cantando, até os carros vizinhos acharem que éramos malucos? O que dizer da paz que sinto vendo novela com minha vó, toda noite? Heeey, posso mudar minha resposta? Eu estou muito apaixonada sim... pelos meus amigos, pela minha família, pela música, muito apaixonada pelo trabalho que venho fazendo no Teto e, principalmente, por mim. E fico feliz por ter conhecido karas tão legais ultimamente, fico muito lisonjeada com a música linda que me foi "oferecida", mas agora eu entendo pq não consigo me apaixonar no momento por ninguém: é porque eu estou tendo um caso lindo e incrível... com minha vida!

domingo, 27 de junho de 2010

Tears and words


Sabe o que é sentir a solidão bater, com violência, na porta da sua casa? Não, não tão forte, com calma, a porta é fraca. Sabe o que é ter o mundo nas costas e não poder soltar? Colo de mãe, proteção de pai, a fraternidade entre irmãos. Imagina o que seja não ter? E ali, em um espaço tão pequeno ele invade. O sofrimento... e ele sussura, simplesmente sopra palavras de desespero em seus ouvidos e, então, finalmente, você tem um abraço, um abraço apertado... porém ele é gélido, cinza e cruel. E ele te envolve e te sufoca e te assegura que você é dele. Tem alguma noção do que seja isso? E o seu porto seguro? Oh, não, ele te afunda. E você tem apenas você e sua força contida, que foi sufocada pelo abraço esmagador. E a vida continua. Você sabe o que é isso? Eu achava que sabia, mas não sei... e me sinto fraca e impotente, compartilhando com ela minhas lágrimas, mas eu me fui, e enquanto ela chora, eu escrevo...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu sou...

Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei, os segredos que guardei, sou minha praia preferida, a renascida depois do acidente que escapei, aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai, eu sou o que eu lembro.
Sou a saudade que sinto da minha mãe, a infância que recordo, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que me arrancou lágrimas, eu sou o que eu choro.
Sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, os pedaços que junto, sou o orgasmo, a gargalhada, o beijo, eu sou o que eu desnudo.
Sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá.
Eu sou o que ninguém vê!!!

Vi esse texto numa comunidade do orkut...não sei o autor!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Colorindo a vida


Essa noite tive alguns pesadelos horríveis. Acordei cedo e o dia estava horrível, super cinza e muito frio. Cheguei no Butantan e estava ficando cada vez mais pra baixo, nesse dia tão ruim. Lá tudo é muito verde, tem planta, árvore e grama para todos os lados, mas estava tudo meio com lama, meio molhado. Resolvi que ia procurar três coisas coloridas no caminho (verde não vale). Achei uma flor linda, rosa e branca, que nunca tinha visto lá, uma combo de vermelho: dois carros vermelhos passando um do lado do outro, do lado deles uma mulher com uma bolsa vermelha gigante e do outro uma menina com uma blusa de frio vermelha e tênis vermelho, todos no mesmo tom! Demorou, mas achei a terceira cor: uma flor que era cinza, branca, amarela e roxa, tudo na mesma flor!!! Perfeita!!! Enfim, meu dia cinza acabou mais feliz e me lembrando que eu posso ver o mundo cinza... ou procurar a cor!

domingo, 20 de junho de 2010

Enfeitando o jardim


Bom mesmo é quando percebemos que nos apaixonamos por nós mesmos. Quando você dorme tranquilo e acorda feliz.Quando eu posso estar sozinha, mas a minha companhia me encanta, e então eu posso fazer meu tricô, estudar, escrever, fazer a unha,ficar olhando o céu ou ajudar minha vó, não importa, porque estou em paz. Bom é quando você percebe que "a vida tem valor e que você realmente tem valor diante da vida", e aí não faz sentido tentar entender algumas atitudes, ou tentar conquistar alguém. Sim, claro que eu amo amar, me apaixono com frequência, mas percebo que não adianta ficar fazendo mil planos, pedindo presenças, ou qualquer coisa assim. Bom é quando você percebe que a vida é muito rara, que o amor de alguns poucos amigos sinceros é um dos melhores presentes de Deus. Bom é ouvir música no Sol, sair na rua descabelada sem ligar pra isso, bom é saber que sua melhor amiga pode estar em outro país e nada muda. Bom mesmo é encontrar amigos à noite, sentar no chão, ficar tomando cerveja, falando de mil assuntos, rindo até acordar os vizinhos e vendo que a cada dia mais eu me apaixono por mim, que a cada dia que passa eu entendo melhor o significado de: "não espere que te tragam flores. Ao invés disso, enfeite seu jardim"

domingo, 9 de maio de 2010

Não importa...

Existem pessoas que tem suas vidas e nada mais importa. Você pode gritar e acordar toda a vizinhança, mas essas pessoas não irão te ouvir. Você pode chorar, até que desidrate. Não será notada por elas. Você pode pular de alegria, em cima da cama delas...elas irão dormir na cama e não sentirão seus pulos. Você pode falar, pedir, espernear e até mesmo implorar, mas elas tem a vida delas, seus planos, ambições, problemas, e você é apenas outra vida nesse mundo cheio de vidas. E isso pode te doer muito, ou não. Na verdade não fará diferença, porque como dizia Shakespeare: não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mulheres...


Estava eu no auge da tpm, quase chorando porque senti dó de comer uma batata smile (ela ali, sorrindo para mim), morrendo de cólica e com vontade de matar meu amigo que não parava de fazer piadinhas. Aí falei que cansei de ser mulher. E ele solta: "mas a tpm faz parte do charme feminino..." Tudo que mais desejei era estar do lado dele, dar um chutão no meio das pernas e dizer: "essa dor faz parte do charme masculino. ¬¬°" Mas antes que eu soltasse minha fúria típica da tpm ele explicou: "Vocês podem ficar chatas e reclamonas na tpm, pq a gente nunca vai entender o que vcs passam...e vcs vão ter cólicas, e vão ficar choronas, fazendo a gente achar que são frágeis e precisam de cuidado." Aí mais tarde li o blog da mãe de uma amiga que fala que "gostar de sexo com mulher é uma coisa, gostar de mulher é outra". Faz todo sentido. Homem que realmente gosta de mulher não gosta só do sexo feminino em si (porque umas curvas para pegar até boneca inflável tem,)mas curte a tpm (ou pelo menos entende), tem paciência para esperar ela se arrumar, para depois ela vir toda cheirosinha. Entende que ela pode sim ser independente, livre, mas mesmo assim vai amar flor, ganhar presente fofo e vai se encher de doce em algum momento...É muito bom ser mulher, porque é absurdamente lindo ter cintura e seio, mas gosto principalmente pelo "kit completo", com todas as frescurices que tenho direito: gostar de colo, de abraço masculino bem apertado que parece até que vai quebrar a costela, de me encher de creme, de chorar na tpm, de ter medo de coisa boba, de ter sexto sentido. Eu definitivamente amo muito ser mulher e admiro muito os homens que além de amar seios e cinturas, amam as mulherem.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Protegendo?

Hoje ouvi na rádio que sei lá mais quantos radares foram instalados. Divagando, comecei a pensar nas fiscalizações. Eu conheço tantas pessoas que levaram multa por rodízio... 17:07h, 17:08h... acho que se eu tivesse um carro já teria sido multada também, não tem como escapar. Descuido? Relaxo? Não, basta olhar para a Rebouças, Teodoro Sampaio ou Av. Paulista, com seus trânsitos infinitoes e constantes para entender que não é fácil chegar no horário determinado. Mas o que mais me impressiona é o tanto de policiais e radares que temos, anotando, fotografando. Muitos! Mas qual é mesmo o objetivo do rodízio? Aaah, claro, proteger o meio ambiente, poupar nossa atmosfera e camada de ozônio! A multa é punição por vc ser um menino mau, ninguém quer de fato seu dinheiro, só cuidar da mãe natureza! É... pena que toda essa fiscalização de SP não estava presente quando fui assaltada na porta da minha casa, por um cara drogado. Pena que não estava quando invadiram a casa da amiga da minha vó, ou quando garotas de 14, 15 anos são estupradas na rua, à luz do dia. Crianças morrem pelo tráfico, filhos ficam órfãos devido a violência, mulheres são violentadas... e ninguém vê. Talvez quando punir essas atitudes render algum lucro para os governantes... digo, talvez quando punir essas atitudes signifique preservar a camada de ozônio, a fiscalização funcione!

domingo, 25 de abril de 2010

Again...


E mais uma vez estava eu ali, assim como o Sol que deixa bochechas e pescoços vermelhos e ardidos. A chuva de sempre, que faz as pessoas chegarem parecendo um pinto molhado, secarem o cabelo e falarem, assim que pára de chover: "vamos lá?" A poeira, a sujeira, o arroz com ovo frito e salada, o não se importar com o barro. Mais uma vez estava eu ali cercada de crianças, de dúvidas e esperanças. E mais uma vez o "presta atenção" que me põem no chão novamente, que me mostra que meus "problemas" são pequenos, que o mundo não é minha casa, meus rolos, minhas crises. E mais uma vez, eu estouro a bolha!

domingo, 11 de abril de 2010

Espere-me às cinco...


Acabei de ver "Sempre ao seu lado", um filme mega triste (quem for ver ainda nem leia. Rsrs). É assim: o kara acha um filhote de cachorro, um akita, na estação do trem e acaba ficando com ele. Eles viram puta amigos e todos os dias o cachorro acompanha o kara até a estação de trem, quando ele vai trabalhar, e o espera, às cinco da tarde, na estação, quando ele chega. Um dia o kara morre... e o cachorro continua esperando por ele... por NOVE anos,TODAS AS TARDES, no MESMO lugar. PS: essa história aconteceu de verdade! Ta, nem preciso dizer que meus olhos estão até inchados de tanto chorar, né? E também nem preciso dizer que isso me faz pensar na vida, né? Mew, fiquei lembrando de todos os cães que já tive: do Pit, da Abinha... e lembrei que foi com ela, a Abinha, minha primeira melhor amiga, minha vira-lata laranja e velhinha, que aprendi o que é lealdade. E desde que nos conhecemos nunca nos abandonamos. Em todas as doenças, alegrias, choros, mudanças...estávamos juntas, abraçadas, no colo, rolando, ou apenas olhando uma para a outra. E eu podia ver que aqueles olhinhos diziam: conte comigo. Estarei sempre aqui! Ela já morreu, e quase que morri junto, de tanto chorar, mas nem tanto por ter perdido minha amiga, mas porque eu não estive ao lado dela quando ela precisou (ela morreu no parto e eu estava viajando. =/). Até hoje isso me corrói, mas aprendi muito, aprendi o significado de uma amizade, de ser leal. Não, eu não te peço fidelidade, nem presença constante, nem faixas na porta de casa dizendo que me ama: eu peço olhares de compreensão, uma mão na necessidade, aquele abraço quando o mundo desaba. Já repararam que mesmo quando vc bate no seu cão (não façam isso),xinga ele, coloca ele para dormir no frio... ele fica triste, amuadinho, mas quando vc volta, arrependido, querendo fazer as pazes, recebe uma lambida e um rabinho abanando? Lealdade. Às vezes as pessoas me acham boba por isso, mas me orgulho de ser leal. Se um dia eu te disser que nunca vou te abandonar, que vc pode sempre contar comigo, acredite! Não importa o que aconteça, eu serei leal. E é só isso que eu espero das pessoas, que elas sejam como os cães. Alguns são arteiros, outros quietos, uns mordem, outros lambem, cada um tem uma personalidade, um jeito, defeitos e qualidades, mas não importa, eles são os maiores possuidores da maior virtude do mundo. Enfim, não me dê presentes, nem grite que me ama, mas espere-me às cinco!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Momentos


Não tem nada melhor que saber o valor de um momento. O valor de uma brisa que passa e refresca num dia de calor, o valor de uma soneca pós almoço, de um copo d'água num momento de sede, de um abraço quando se está chorando, do minuto de silêncio na confusão. O valor do sorriso de um desconhecido, para você, em um dia ruim. O valor de dividir uma pizza doce, uma garrafa de cerveja, uma insegurança, uma cama, uma piada. O valor de dividir um dia com sono. De dividir alegria para fazer alguém mais feliz. O bom é saber aproveitar cada detalhe, cada sorriso, por mais breve que seja. Talvez os momentos façam você achar que o antes, ou o depois, está um pouco mais sem graça, um pouco mais chato, já que eles costumam colorir a vida. Mas vamos lembrar: A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre. (Clarice Lispector)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Aprendendo com tubarões


Os tubarões, como alguns outros animais, fazem um balanço energia/ recompensa na hora de caçar, que funiciona assim: quando ele identifica uma presa, ele ataca, dando uma mordida. Nisso ele é capaz de reconhecer se vale a pena se esforçar para matá-la de fato, verificando a quantidade de gordura que ela tem, por exemplo. Por que ele gastaria tempo e energia matando uma ave aquática, se ela quase não fornecerá "carne e gordura" para ele? Quando não vale a pena, ele cospe, vira as costas e sai nadando feliz pelo oceano. Aí, claaaro, lá veio a Deh, fazendo suas comparações. Acho que seguir os tubarões (não literalmente, óbvio) é uma boa estratégia. Apesar de acharmos que somos os bonzões, nossa enegia (tanto física quanto mental) não é infinita,logo também deveríamos poupá-la, investindo apenas no que compensa. Seu chefe falou que precisa conversar seriamente com você mais tarde? Não adianta ficar se preocupando, pensando o dia todo: "o que ele vai dizer???". Bebeu demais, subiu na mesa e fez um strip? Ué, já foi, desencana e bebe menos na próxima. Está tentando investir em alguém que não está muito interessado em vc, ou está tentando salvar uma relação que não tem conserto? Desencaaana, a vida continua.O trabalho está péssimo, você só se estressa e ganha mal? Vai achar outro emprego... Entendem o que eu quero dizer? Acho que para tudo na vida temos que fazer esse balanço, avaliarmos se todo o esforço que faremos, a dedicação, vão ser devidamente recompensados, ou se tudo está sendo em vão. Eu prefiro agir como os tutubas: vale a pena? Ataco!!! Vou gastar minha energia e nem vai ser tão bom assim??? Fico de boa, na minha, guardando energias para ir com unhas e dentes, quando realmente valer a pena. Parece exagero, oito ou oitenta, mas acho mesmo que é assim que tem que ser, ainda porque, coisa morna não serve nem para fazer chá!

sábado, 6 de março de 2010

Para Meu Sol


Even after all this time the sun never says to the earth: "You owe me."
Look what happens with a love like that: It lights the whole sky.

É isso que leio todos as manhãs, ao acordar, na parede do meu quarto.E não me importa que por seis meses "seja noite", meu Sol vai estar iluminando outras vidas, enchendo de luz outras pessoas, para depois voltar, me pedindo para descascar kiwis e laranjas... mais brilhante que nunca!!!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

It`s only love


Ontem eu a vi, sentada na calçada, do lado daquele que lhe faz bem... sorrindo, cercada de lanche do MC, batata frita, refrigerante e papel. E eles me lembraram que isso é o amor, e não esse grandissíssimo caos que a maioria das pessoas vivem e juram ser amor. Não, definitivamente... eu me recuso a acreditar que o amor é uma coisa tão doida e difícil assim, que envolve tanta cobrança, que transforma a pessoa em uma propriedade, que machuca e ofende. Como já diziam os Beatles "It`s olny love and that is all". Simples assim... é só amor. E sendo assim, tem que fazer bem, tem que fazer você sorrir com cara de tonta, tem que dar borboletas no estômago ao ver a pessoa amada, tem que ser mãos dadas e paz. Acho que esses relacionamentos conturbados, com tantas lágrimas e gritos, podem ser qualquer coisa, mas não é amor. E sei lá em que momento da vida a gente coloca na cabeça que o amor impossível, o difícel, é o mais legal. E aí começamos a nos enganar, a acreditar que se tentarmos, gastando tanto tempo de nossas vidas e quase toda nossa energia, dará certo. Se isso for mesmo o amor, eu passo. Prefiro os sentimentos felizes, os leves, os que te fazem ficar feliz porque a pessoa querida está sorrindo, os que dançam tango no mercado ou gritam "amooooooor, eu quero um chibuguinho". Porque como já dizia outra banda querida (Los Hermanos): quando o amor existe, o que não existe é tempo para sofrer.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Muito pedem, poucos agradecem...

Cada vez mais fico inconformada com o descaso de algumas pessoas com o mundo, com a vida, e o pior: com as pessoas que elas amam. Não entendo ausências, desleixos com o sentimento e afins. E queria escrever muita coisa sobre isso, mas resolvi mudar de postura, de uns dias pra cá, depois de ler uma frase assim: muitos pedem, poucos agradecem. Então hoje só quero agradecer (energia boa atrai coisa boa). A ela, pelas suas pinturas na parede que alegram minhas manhãs, pela companhia constante, pelas conversas de menina, pelas horas dormidas na frente do ventilador e pelo tanto que me ensina. A ela, pelas lasanhas, pela preocupação constante, pelos "socorros", pelos conselhos de quem tem uma vida de experiência e pelas conversas na cozinha. A eles pelas felizes sextas no bar, por terem cuidado de mim (mesmo que por msn e telefone) quando eu estava triste. A ele pela atenção, pela sintonia e pelas madrugadas que passam voando, com mt cerveja, "tempo investido" falando sobre o Calvin e outros mil assuntos, solos de guitarra e sensação de leveza. A ela pela companhia no almoço de todo dia, com direito a descanso embaixo das árvores, pelos momentos retardados sem conseguir parar de rir e pelas leituras no ônibus.A ela pela presença mesmo na ausência, pela nossa tattoo, pelas tardes sem fazer nada, pela pizza improvisada e pela paz que me traz. Esses são os agradecimentos mais atuais, mas faço um brinde a todos aqueles que sabem o valor de um sorriso e que sabem o que significa cuidar bem do que se quer bem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Desejos...


Eu sou muito adepta de uma frase que minha mãe sempre dizia: "quando você deseja muito uma coisa, do fundo do seu coração, o universo conspira a favor disso." e por isso tento ter muito cuidado com o que desejo, e com a força das palavras. Quantas vezes você já não se pegou dizendo: ai, queria que fulano morresse... ou, dizendo para uma pessoa que ama: eu te odeio e quero que você suma da minha vida. Ta, nem sempre é fácil controlar nossos ataques de raiva e as baboseiras que falamos, mas temos que ter consciência que tudo que desejamos e que falamos exercem alguma influência. Às vezes desejamos muito uma coisa... e conseguimos... mas não pensamos em todas as consequências que virão junto com nosso pedido realizado. Não adianta, é a lei da ação e reação. E aí ficamos lá, com aquela puta cara de tacho, sem sabermos o que fazer com tudo que conseguimos, direta ou indiretamente, dizendo: pois é, valeu mundo, consegui tudo que eu queria. E pan!!! E o pior, sem nem podermos reclamar, porque nós é quem pedimos por isso. Então, eu tento sempre associar o que aprendi com minha mãe, com uma frase que um dia li: "cuidado com o que você deseja, seus sonhos podem virar realidade."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

2012

Acho que todo mundo já ouviu a história sobre 2012, mundo acabando, sabem? Lembro quando ouvi isso a primeira vez, e ri muito, porque achei muito idiota. Mas agora, depois de quase 50 dias chovendo todos os dias em São Paulo, terremotos do Haiti, São Luis destruída, sei lá. Como uma boa bióloga, acredito mais nos maias do que no Nostradamus...e eles não disseram que o mundo ia acabar, o que eles disseram é que os cálculos paravam de bater em 2012, que tinha algo estranho. Olhando para todo o caos, para o mini colapso, começo a acreditar mesmo que talvez a gente (espécie humana) entre em extinção. Levando para nossa covinha muitas outras espécies também, claro. E isso na verdade me dá muita tranquilidade, até uma alegria. Eu poderia estar em pânico, pensando que vou morrer aos 24 anos... e estaria, se só eu fosse morrer, ou se de repente muita gente que eu amo morresse e eu ficasse, mas se todos morrerem, acho que seria ótimo. Desculpem, mas realmente acho que não somos uma espécie bem adaptada. Sim, somos evoluídos, claro, mas evolução implica mudança, que nem sempre é positiva. É o que acho que aconteceu conosco. Nós destruímos tudo e não produzimos nada. Isso obviamente é cavar a própria cova. Além de SERMOS o colpaso no mundo. Realmente acho que se sumirmos, o planeta vai se renovar, voltar a ser feliz...e as baratas vão sobreviver, evoluir, virando novas espécies. Então baratinhas, espero que vcs sejam mais bem sucedidas na nova etapa, "virando" seres mais dignos de viver aqui na Terra.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”

Fernando Pessoa (postado porque eu passei o dia me martirizando por meu mundo ter girado numa velocidade luz, me martirizando por me permitir ser feliz, tendo um coração que está leve, sem nenhuma mágoa ou peso. E nos últimos instantes do meu dia, no msn, meu amigo, sem saber de nada disso, diz: olha, achei um texto bacana. Há quem não acredite em coisas que tem que acontecer...)

Eu escolheria mil vezes você!

Chegar em casa e ter meu pai aqui, é uma grande alegria para mim. Pode parecer bobo para muitas pessoas, que tem isso sempre (temos o péssimo hábito de desvalorizar o que temos nas mão), mas para mim é incrível. E foi maravilhoso te convencer a tomar uma cerveja comigo, naquele calor todo. E a gente falou tanta besteira, enquanto nossos copos se esvaziavam e comíamos amendoim, sentados na mesa da cozinha, que eu deveria me sentir muito adulta, mas me senti como me sentia quando ele me levava de cavalinho pela rua. Sensação de alegria, segurança e conforto. E em muitos momentos eu não sei bem se ouvi o que ele disse, porque estava tão encantador ver o sorriso dele (o mais largo e lindo que eu conheço), seus olhos, com sobrancelhas iguais as minhas, brilhando, e aquele risinho contido para falar sobre a morte das galinhas. E já se passaram muitas horas, mas eu ainda estou sozinha, sorrindo, pensando nele e na sua forma de dizer "foi engraçado...", com cara de criança de cinco anos... no auge dos seus 47. Eu só queria registrar que família a gente não escolhe, mas depois de passar 21 anos vendo meu pai, os pais das outras pessoas, enfim...depois de 21 anos pesquisando... se eu pudesse escolher o pai que eu queria ter, eu escolheria o mesmo!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Protesto!

Quando minha irmã era criança ela tinha uma compulsão por mentir, para coisas bestas. E agora, adulta, ela me explicou sua tese, que faz todo sentido do mundo. Por exemplo, alguém via ela na rua e perguntava: "onde vc está indo?". Na verdade ela estava indo na padaria, mas ela dizia: "no açougue". E a pessoa dizia: "ah, entendi. Tchau". Percebem o quanto é lógica essa teoria dela? Para quem realmente importa onde vc está indo, ou porquê está indo? Quantas pessoas não perguntam: "E aí? Tudo bem com vc?", mas vão dizer que estão ocupadas demais para te ouvir, se vc resolver que não está tudo bem e quiser desabafar? As pessoas sempre fazem as mesmas perguntas óbvias: "Vc faz faculdade? O que vc estuda?". Aí alguém responde: "Ah, estudo Ciências Políticas". E a pessoa não faz a mínima ideia do que é isso, ou para que serve, mas se contenta e ainda por cima solta um: "que legal!". Quantas pessoas não te perguntam como foi seu fim-de-semana, como está seu namoro, se sua família está bem, e por aí vai???Como eu vou saber se a pessoa está perguntando para ser "legal" ou se ela quer mesmo saber? Por via das dúvidas vou sempre inventar uma mentirinha. Se a pessoa estiver mesmo interessada, ela vai perceber, aí desminto e explico a tese da Dani. E também só vou fazer perguntas que eu realmente queira ouvir a resposta. Ta, ta, dizem que tudo isso é educação, formalidade. Então eu venho fazer meu protesto: eu não quero mais que ninguém seja educado comigo. Não assim. Que caia a educação e vigore o interesse!!!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Minha prece...

E eu vi aquela criança, e instantaneamente me apaixonei por ela... porque ela pintava seus carrinhos de branquinho, e tinha branquinho até nos cabelos. E a entrevista foi feita olhando para as artes dela, e aquela cara de pestinha. E de repente vi as fotos do seu irmão, na cama, com apenas vinte e poucos anos, sem poder andar, nem ao menos comer... mas ali, com o coração a todo vapor, ouvindo tudo que dizem, percebendo a vida dele definhar, sem poder fazer nada. Distrofia muscular congênita. E eu já estava sentindo uma dor gigante no peito, ouvindo aquela mãe contar tudo isso. Mas o soco no estômago veio quando, com a voz embargada, ela disse que o pequeno com branquinho no cabelo tem a mesma doença, e que ele vir a desenvolvê-la, é questão de poucos anos. E uma vontade imensa de ir até lá em cima brigar com Deus... "por quê??? Ele gosta tanto de correr, de pular!! Caramba, Deus, ele quer viver!!! Pq os músculos dele irão paralisar, dia a dia, até que ele morra, com vinte anos???"
E isso não vai sair da minha cabeça tão cedo, mas aí vem o domingo, o dia conversando com pessoas que nem ao menos querem ouvir o que você tem a dizer. Afinal, elas são pessoas importantes e sérias. Claro que não importa nada, a não ser a pintura na casa delas, o tempo que elas estão perdendo, a gripe que elas estão, e o quanto elas estão de saco cheio de ouvir sua ladainha...
E agora, pensando nisso tudo, percebo que o menino do cabelo branco, não é injustiçado por Deus... ele tem sorte, porque ele aproveita cada segundo da curta vida que a ele foi destinada. E agora Deus, eu mudo minha pergunta: "por quê??? Porque tantas pessoas que viverão até os 80 anos, tem uma alma que se paralisa a cada dia da vida delas? Se o Senhor não puder dar mais tempo de vida ao menininho e seu irmão, peço humildemente: dê vida para as pobres almas mortas em corpos vivos."

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

27 de outubro 2008

Fuçando meus arquivos antigos, achei um texto que fiz no dia 27 de outubro de 2008. Como não tinha blog, posto agora.

Eu não gosto de acordar cinco horas da manhã para ir pro trampo às cinco e meia...mas agora que é horário de verão eu fico feliz, pq aí seriam 4:30...então eu passo na rua e ouço muitos passarinhos, de espécies diferentes, cantando, acordando. E ver q ainda restam passarinhos por aqui me alegra.

Eu gosto de ir na casa do meu pai de fim-de-semana e brincar de boneca com minha irmã de 1 ano e meio...e gosto de perguntar: "tudo bem, Malú?", só para ouvi-la dizer, com cara de mocinha: "tchudo!"... ou de cantarmos juntas: "o sapo não lava o péé..."

Eu gosto de apagar a luz do quarto, deitar na minha cama e ficar conversando com a vizinha da cama debaixo (minha mana Dani), até altas horas, como sempre foi. Ou de acordar e ter que me espremer no canto, para ela subir e ficarmos ouvindo músicas no Ipod dela. Gosto também de fingir que vou derrubá-la lá de cima e ver ela dar gritinhos de pânico...rindo e falando que sou besta.

Gosto de acordar às três da manhã, com uma mensagem do namorado,só pra saber se já estou sonhando com ele, ou de ligar para ele beeem cedinho, para dizer: "Bom diaaa" e ouvir akela vozinha de sono, contente, dizendo: "Bom dia, morena..."

Gosto de estar me trocando às pressas, para ir pra facu, e ver, em cima da minha cama, que meu pai deixou uma cartinha surpresa para mim, super bonitinha.

Gosto de comer bolo de fubá que minha vó faz especialmente para mim, e saber que nenhum outro bolo no mundo é tão gostoso.

Gosto de correr pela casa, atrás do Floquinho, e ver ele fugir, todo feliz, para depois, quando o pego, ficarmos rolando juntos no chão.

Gosto quando meu telefone toca, no meio de uma tarde de tédio, e é um amigo/amiga, que só ligou para saber se estou bem.

Gosto de ficar acompanhando o café-da-manhã, no meu trampo, só para ficar ouvindo o sotaque da maioria dos motoristas da Catarinense. Aquele sotaque gostoso, do Sul... que me lembra as minhas viagens para Floripa, e toda a magia daquela ilha.

Gosto de subir em pedras, na praia, para ficar vendo as ondas bater...o vento soprar... tudo bem forte... até me sentir bem pequena, quase nada, nessa força que a natureza possui.

Gosto de jogar video-game (atualmente) com minha amiga de infância, como fazíamos com 12 anos.

Enfim, adoro saber que o essencial é invisível aos olhos, que só vemos bem com o coração... e viver assim: fazendo de pequenos detalhes, minha maior alegria!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Casulos


A noite foi um tormentinho,com toda a tristeza acumulada se mostrando em dores absurdas de estômago, uma grande vontade de vomitar e uma sensação de que tinham bichos dentro do meu estômago, fazendo um grande nó dolorido. E o café da manhã foi um remédio para gastrite. Ta, a vida segue...e vamos nós para os compromissos. E o dia foi melhorando pouco a pouco, desde a hora que vi todas aquelas pessoas reunidas no metrô, todas pela mesma causa, em pleno domingo de calor. E então o dia seguiu com caronas papeando, ser recebida por uma "desconhecida" com muito carinho, ouvir o que ela tem para dizer sobre sua família, as mudanças ocorridas... ver a casa dela praticamente ilhada e ela ali, dizendo que tudo estava bem agora. E continua, com parada para almoço no Habib`s... e mais família. Família nova, braços abertos para nos receber, um sorriso de esperança no rosto... e a alegria vai me dominando, enquanto vou ganhando gelinho, vendo a preocupação com o que comeremos no fim-de-semana que vem. E vendo tudo isso, meus problemas que pareciam tão grandes, vão diminuindo pouco a pouco, junto com trenas, medidas de pilotis, suor escorrendo sem parar, conversas sobre portas, janelas e expectativas. E a paz vai reinando, junto com garrafas de água sendo divididas, crianças pestinhas, risadas, abraços de pessoas queridas, poeira, parcerias e planos. E vai terminando, com mais caronas papeando... e aí de repente somos eu, ela, e sua calça rosa, andando pela marginal, vestindo a mesma camiseta suja de terra, exibindo o mesmo rosto suado, o mesmo cabelo bagunçado, o mesmo sorriso e conversando sobre a vida. Casa, ventilador ligado, se esparramar na cama, com a menina da calça rosa deitada ao meu lado... dois corpos cansados e dois corações leves. Aí paro para pensar, e ainda tem alguma coisa estranha no meu estômago, mas algo mudou. Percebo que eu tinha pequenas lagartas ali, de manhã... e que ao longo do dia eu criei casulos para elas, feitos com todo o suor, amizade e alegria do dia. E então me dou conta que estou feliz, completa, com aquela deliciosa sensação de borboletas no estômago.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Uma Questão de Escolha


Acho que não conheço uma pessoa que não goste de ver estrelas, mas aquelas que surgem à noite, que brilham, mas tem um brilho pequeno e distante quando comparadas com a estrela maior: o Sol.
E todo mundo gosta de ver o Sol chegando, ou saindo, porque é difícil olhar para ele ao meio dia, porque arde os olhos, porque esquenta e queima. Enfim, papo astronômico à parte, eu associo muito isso à vida. É mais fácil olhar as pessoas quando elas estão chegando, saindo, mas é muito mais difícil olhá-las nos olhos, ao responder uma pergunta embaraçosa. É muito mais fácil viver de emoções pequenas, que não sentimos com força, do que encararmos as fortes emoções, as intensas, as que iluminam, mas também dão medo e podem até queimar.
Temos a escolha: podemos encarar o dia, a vida, o Sol do meio dia e nos permitirmos sentir tudo que podemos, ou... podemos virar de costas, para que o Sol não pegue diretamente nos olhos!

10/12/09...o dia mais estranho!

Seja você mesmo, mesmo que isso seja estranho.
Sempre gostei dessa frase, mas ela nunca fez tanto sentido para mim quanto hoje, em que o simples fato de ser um dia de Sol me fez ter vontade de casa às 08:00h. Esse mesmo Sol que me fez não querer dormir no ônibus, como sempre faço, só para olhar como as árvores ficam com um verde bonito nesses dias (isso sempre me encantou). Hoje, também, o simples fato de almoçar um lanche com um amigo, falando sobre a vida, me deixou mais leve. Mas o mais estranho foi a alegria que eu senti ao passar o dia todo lendo projetos, mudando palavras e pesquisando artigos. Bizarra a satisfação que me deu passar duas horas pesquisando referências para colocar em uma linha do meu proejto de pesquisa, só para eu sorrir, sozinha, quando finalmente consegui. O mesmo sorriso que eu dei quando consegui contar 200 células no microscópio, sem errar.
E hoje, depois de duas semanas tão tensas, foi estranho perceber que o que mais atormentou meus pensamentos foi querer saber como estará o cão bebezão que eu e meus amigos vimos ontem na facu, perdido. Será que estará bem? Estará com fome?
E hoje, com tudo isso, eu me senti tão esquisita e... tão...EU!
Ah, e eu odeio dormir com barulho de chuva!