sábado, 27 de fevereiro de 2010

It`s only love


Ontem eu a vi, sentada na calçada, do lado daquele que lhe faz bem... sorrindo, cercada de lanche do MC, batata frita, refrigerante e papel. E eles me lembraram que isso é o amor, e não esse grandissíssimo caos que a maioria das pessoas vivem e juram ser amor. Não, definitivamente... eu me recuso a acreditar que o amor é uma coisa tão doida e difícil assim, que envolve tanta cobrança, que transforma a pessoa em uma propriedade, que machuca e ofende. Como já diziam os Beatles "It`s olny love and that is all". Simples assim... é só amor. E sendo assim, tem que fazer bem, tem que fazer você sorrir com cara de tonta, tem que dar borboletas no estômago ao ver a pessoa amada, tem que ser mãos dadas e paz. Acho que esses relacionamentos conturbados, com tantas lágrimas e gritos, podem ser qualquer coisa, mas não é amor. E sei lá em que momento da vida a gente coloca na cabeça que o amor impossível, o difícel, é o mais legal. E aí começamos a nos enganar, a acreditar que se tentarmos, gastando tanto tempo de nossas vidas e quase toda nossa energia, dará certo. Se isso for mesmo o amor, eu passo. Prefiro os sentimentos felizes, os leves, os que te fazem ficar feliz porque a pessoa querida está sorrindo, os que dançam tango no mercado ou gritam "amooooooor, eu quero um chibuguinho". Porque como já dizia outra banda querida (Los Hermanos): quando o amor existe, o que não existe é tempo para sofrer.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Muito pedem, poucos agradecem...

Cada vez mais fico inconformada com o descaso de algumas pessoas com o mundo, com a vida, e o pior: com as pessoas que elas amam. Não entendo ausências, desleixos com o sentimento e afins. E queria escrever muita coisa sobre isso, mas resolvi mudar de postura, de uns dias pra cá, depois de ler uma frase assim: muitos pedem, poucos agradecem. Então hoje só quero agradecer (energia boa atrai coisa boa). A ela, pelas suas pinturas na parede que alegram minhas manhãs, pela companhia constante, pelas conversas de menina, pelas horas dormidas na frente do ventilador e pelo tanto que me ensina. A ela, pelas lasanhas, pela preocupação constante, pelos "socorros", pelos conselhos de quem tem uma vida de experiência e pelas conversas na cozinha. A eles pelas felizes sextas no bar, por terem cuidado de mim (mesmo que por msn e telefone) quando eu estava triste. A ele pela atenção, pela sintonia e pelas madrugadas que passam voando, com mt cerveja, "tempo investido" falando sobre o Calvin e outros mil assuntos, solos de guitarra e sensação de leveza. A ela pela companhia no almoço de todo dia, com direito a descanso embaixo das árvores, pelos momentos retardados sem conseguir parar de rir e pelas leituras no ônibus.A ela pela presença mesmo na ausência, pela nossa tattoo, pelas tardes sem fazer nada, pela pizza improvisada e pela paz que me traz. Esses são os agradecimentos mais atuais, mas faço um brinde a todos aqueles que sabem o valor de um sorriso e que sabem o que significa cuidar bem do que se quer bem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Desejos...


Eu sou muito adepta de uma frase que minha mãe sempre dizia: "quando você deseja muito uma coisa, do fundo do seu coração, o universo conspira a favor disso." e por isso tento ter muito cuidado com o que desejo, e com a força das palavras. Quantas vezes você já não se pegou dizendo: ai, queria que fulano morresse... ou, dizendo para uma pessoa que ama: eu te odeio e quero que você suma da minha vida. Ta, nem sempre é fácil controlar nossos ataques de raiva e as baboseiras que falamos, mas temos que ter consciência que tudo que desejamos e que falamos exercem alguma influência. Às vezes desejamos muito uma coisa... e conseguimos... mas não pensamos em todas as consequências que virão junto com nosso pedido realizado. Não adianta, é a lei da ação e reação. E aí ficamos lá, com aquela puta cara de tacho, sem sabermos o que fazer com tudo que conseguimos, direta ou indiretamente, dizendo: pois é, valeu mundo, consegui tudo que eu queria. E pan!!! E o pior, sem nem podermos reclamar, porque nós é quem pedimos por isso. Então, eu tento sempre associar o que aprendi com minha mãe, com uma frase que um dia li: "cuidado com o que você deseja, seus sonhos podem virar realidade."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

2012

Acho que todo mundo já ouviu a história sobre 2012, mundo acabando, sabem? Lembro quando ouvi isso a primeira vez, e ri muito, porque achei muito idiota. Mas agora, depois de quase 50 dias chovendo todos os dias em São Paulo, terremotos do Haiti, São Luis destruída, sei lá. Como uma boa bióloga, acredito mais nos maias do que no Nostradamus...e eles não disseram que o mundo ia acabar, o que eles disseram é que os cálculos paravam de bater em 2012, que tinha algo estranho. Olhando para todo o caos, para o mini colapso, começo a acreditar mesmo que talvez a gente (espécie humana) entre em extinção. Levando para nossa covinha muitas outras espécies também, claro. E isso na verdade me dá muita tranquilidade, até uma alegria. Eu poderia estar em pânico, pensando que vou morrer aos 24 anos... e estaria, se só eu fosse morrer, ou se de repente muita gente que eu amo morresse e eu ficasse, mas se todos morrerem, acho que seria ótimo. Desculpem, mas realmente acho que não somos uma espécie bem adaptada. Sim, somos evoluídos, claro, mas evolução implica mudança, que nem sempre é positiva. É o que acho que aconteceu conosco. Nós destruímos tudo e não produzimos nada. Isso obviamente é cavar a própria cova. Além de SERMOS o colpaso no mundo. Realmente acho que se sumirmos, o planeta vai se renovar, voltar a ser feliz...e as baratas vão sobreviver, evoluir, virando novas espécies. Então baratinhas, espero que vcs sejam mais bem sucedidas na nova etapa, "virando" seres mais dignos de viver aqui na Terra.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”

Fernando Pessoa (postado porque eu passei o dia me martirizando por meu mundo ter girado numa velocidade luz, me martirizando por me permitir ser feliz, tendo um coração que está leve, sem nenhuma mágoa ou peso. E nos últimos instantes do meu dia, no msn, meu amigo, sem saber de nada disso, diz: olha, achei um texto bacana. Há quem não acredite em coisas que tem que acontecer...)

Eu escolheria mil vezes você!

Chegar em casa e ter meu pai aqui, é uma grande alegria para mim. Pode parecer bobo para muitas pessoas, que tem isso sempre (temos o péssimo hábito de desvalorizar o que temos nas mão), mas para mim é incrível. E foi maravilhoso te convencer a tomar uma cerveja comigo, naquele calor todo. E a gente falou tanta besteira, enquanto nossos copos se esvaziavam e comíamos amendoim, sentados na mesa da cozinha, que eu deveria me sentir muito adulta, mas me senti como me sentia quando ele me levava de cavalinho pela rua. Sensação de alegria, segurança e conforto. E em muitos momentos eu não sei bem se ouvi o que ele disse, porque estava tão encantador ver o sorriso dele (o mais largo e lindo que eu conheço), seus olhos, com sobrancelhas iguais as minhas, brilhando, e aquele risinho contido para falar sobre a morte das galinhas. E já se passaram muitas horas, mas eu ainda estou sozinha, sorrindo, pensando nele e na sua forma de dizer "foi engraçado...", com cara de criança de cinco anos... no auge dos seus 47. Eu só queria registrar que família a gente não escolhe, mas depois de passar 21 anos vendo meu pai, os pais das outras pessoas, enfim...depois de 21 anos pesquisando... se eu pudesse escolher o pai que eu queria ter, eu escolheria o mesmo!!!