quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu sou...

Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei, os segredos que guardei, sou minha praia preferida, a renascida depois do acidente que escapei, aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai, eu sou o que eu lembro.
Sou a saudade que sinto da minha mãe, a infância que recordo, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que me arrancou lágrimas, eu sou o que eu choro.
Sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, os pedaços que junto, sou o orgasmo, a gargalhada, o beijo, eu sou o que eu desnudo.
Sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá.
Eu sou o que ninguém vê!!!

Vi esse texto numa comunidade do orkut...não sei o autor!

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